segunda-feira, 6 de julho de 2009

Comunidades dos bairros Cabana, Santa Tereza e Lagoinha elegem o “Símbolo do bairro”


O projeto “Símbolo do meu bairro”, organizado pelo Departamento de Minas Gerais do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-MG), divulga resultado da escolha de símbolos que na opinião da comunidade mais retratam os bairros: Cabana, Santa Tereza e Lagoinha, como parte da Campanha de Preservação do Patrimônio Modernista Professor Sylvio de Vasconcellos. No Cabana, das quase 2 mil e 300 cédulas, saiu vencedora a Rua Independência com 65% dos votos. No bairro Lagoinha, com mais de 63% dos votos, foi escolhida a Rua Itapecerica como o marco deste bairro. No Santa Tereza, com resultados muito próximos, venceu a Praça Duque de Caxias e o coreto (48,84%), sendo o Restaurante Bolão considerado o segundo representante do bairro (45,7%).

Devido à pequena diferença entre o primeiro e segundo colocado no bairro Santa Tereza, a coordenação do projeto optou agraciar, com menção honrosa, o Restaurante Bolão, sendo este, desta maneira, incluído na próxima etapa do projeto, que irá discutir junto à comunidade como preservar estes símbolos e apresentar estratégias de atuação. Sendo assim, será encaminhada solicitação do registro do estabelecimento, junto conselho de Patrimônio das Cidades, para o tombamento do restaurante como patrimônio cultural de Belo Horizonte, assim como, a Cantina do Lucas, localizado no tradicional Edifício Malleta.

Através de participação popular, foram escolhidos, pela comunidade de cada bairro, os símbolos que mais representam cada região, dentre os candidatos pré-selecionados por meio de trabalho de pesquisa, realizada por grupo multidisciplinar da Escola de Arquitetura da UFMG, composta pelo arquiteto Guilherme Maciel Araújo, o psicólogo Vilmar Sousa, a historiadora Marilda Araujo, a turismóloga Flávia Possato, a arquiteta Lívia Fortini, entre outros, coordenado pelo ex-presidente do IAB-MG e professor da UFMG, arquiteto Leonardo Castriota.




Fotografias de alunos de escolas públicas serão transformados em pop cards

Alunos da Escola Estadual Silviano Brandão, na Lagoinha; da Escola Estadual Pedro Américo no Santa Tereza: e moradores do bairro Cabana, através da Associação do Bairro participaram de “Concurso de Fotografia”, resultado das oficinas sócio-educativas que fizeram parte da mobilização das comunidades dentro do projeto Símbolo do meu bairro. No Cabana, a foto vencedora referente a Rua da Independência, de autoria da moradora do bairro, Renata Gomes da Silva. Na Lagoinha, a foto vencedora foi a Casa da Loba dos alunos da E. E. Silviano Brandão. No bairro Santa Tereza, a foto mais votada foi a de Jerson de Souza, aluno da Escola Estadual Pedro Américo, que destaca a Praça Duque de Caxias e Igreja de Santa Tereza.

As fotos vencedoras foram escolhidas pelos próprios alunos e pela comunidade e serão transformadas em Pop Cards, para serem distribuídas, gratuitamente, pela capital mineira, como parte da próxima etapa do projeto que visa esforços para se garantir a sua preservação.



Serviço:
Escola de Arquitetura da UFMG Local: Endereço: Rua Paraíba, 697 – Savassi
Informações: (31) 3409.8820
Informações para a imprensa
Ruth Miranda
Celular: (31) 9639-6294

IAB-MG
Departamento de Minas Gerais/ Instituto de Arquitetos do Brasil
Telefone: (31) 3225-6408
Email: iabmgiab@yahoo.com.br
Endereço: Rua Mestre Lucas, 70 – Cruzeiro

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Participe da escolha do Símbolo do seu bairro!

Você é do bairro Cabana?
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Você é do bairro Santa Tereza?
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Você é do bairro Lagoinha?
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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Escolha do "Símbolo do meu bairro" mobiliza comunidades de BH

O projeto “Símbolo do meu bairro”, organizado pelo Departamento de Minas Gerais do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-MG) promove mobilização de escolha de símbolos que na opinião da comunidade mais retratam os bairros: Cabana, Santa Tereza e Lagoinha.

Com urnas distribuídas em pontos estratégicos de cada bairro, os moradores poderão escolher aquele símbolo representam a região dentre os símbolos pré-selecionados pela comissão organizadora.

Cada morador poderá votar apenas uma vez através de preenchimento de cadastro nas cédulas de votação. A escolha do projeto poderá ser feita de 1º a 5 de julho (quarta a domingo), com resultado no domingo. Os vencedores receberão uma placa comemorativa, bem como serão feitos esforços para se garantir a sua preservação.

A iniciativa visa chamar a atenção para as referências culturais existentes nas diversas regiões de Belo Horizonte, muitas vezes ignoradas pelas políticas de preservação. O projeto dá voz aos moradores dos bairros, que vão identificar os lugares, objetos e práticas que têm significado cultural para as suas comunidades.

Finalmente, numa terceira etapa, serão produzidos livros e outras publicações sobre esses símbolos, mostrando a visão da população, e discutindo as ameaças de descaracterização e possíveis linhas de ação a serem adotadas para a sua preservação.


Serviço
Projeto Cenários do Encontro – Símbolo do meu bairro
Escolha do símbolo: 1º a 5 de julho (quarta a domingo)
Horário: comercial
Local: pontos estratégicos dos bairro Cabana, Lagoinha e Santa Tereza
Informações: 3409.8820 (Arlete)

Cabana

Concorrentes:


1. Associação dos Moradores do Cabana
2. Guarda do Congado
3. Igreja São Geraldo
4. Rua Independência


Associação dos Moradores do Cabana é um marco referencial, citado em depoimento como marco histórico do bairro e espaço de encontros, palestras e atendimento à população. Foi fundada pelos moradores como símbolo de união, coesão, organização e luta política. Foi por meio dela que os moradores do Cabana iniciaram os primeiros projetos de implantação da infra-estrutura junto aos órgãos públicos,e ganharam o direito à propriedade e a terra. Sua luta é coletiva em prol de um objetivo comum onde todos possam usufruir de suas conquistas sociais, políticas e culturais. Biblioteca as Associação dos moradores do Cabana /Escritório da Associação dos Moradores do Cabana



Guardas do Congado. Iniciada em 1978, a Guarda do Congado Nossa Senhora do Rosário Aparecida, no Cabana, foi fundada pelo Capitão da Guarda José Francisco Cândido, tradicional morador do bairro. Desde então, os moradores celebram a Guarda do Congado, entre os meses de maio a junho junto com as festas de São Pedro e São João, cantando e dançando a história do povo negro e de sua vinda para o Brasil. Há 17 anos, surge também a Guarda de Congo Benedito Aparecida com a Capitã Dona Odete, que segundo contam, recebeu de seu pai a missão de assumir a Guarda do Congo. Fotografias: Lúcia Aparecida do Nascimento, moradora do Bairro Cabana, maio/2009.

Igreja São Geraldo é a primeira igreja do bairro e principal referência não só religiosa, mas é um espaço que congrega a cultura, educação, lazer e entretenimento de todas as gerações. Possui um longa história na comunidade com as lutas políticas e sociais geradoras de cidadania. Foto: Rafaela – moradora do Cabana








Rua Independência: Rua principal do bairro e marco histórico. Local muito significativo, como espaço de convivência, encontros de amigos, lazer, festas populares e grande ponto comercial. Sua importância histórica permite lembrar dos acontecimentos que ali produziu, no dia 07 de setembro de 1963, na sua origem.




Lagoinha

Concorrentes:
1. Corporação Musical Nossa Senhora da Conceição
2. Igreja Nossa Senhora da Conceição
3. O copo Lagoinha
4. Rua Itapecerica

Corporação Musical Nossa Senhora da Conceição: Nasceu na Lagoinha a primeira corporação musical belorizontina, a Corporação Musical Nossa Senhora da Conceição, que se reuniu pela primeira vez em 1914, para os festejos de coroação da santa. Seus fundadores foram Francisco Caetano de Carvalho, coronel da Guarda Municipal que financiou os instrumentos musicais, ainda que não fosse músico, Astrolindo Cândido de Rodrigues e o maestro Manoel Augusto Brandão de Araújo, em cuja residência ocorriam os ensaios e apresentações. A Corporação Musical ajudou a arrecadar fundos para a construção da capela de Nossa Senhora da Conceição, futura Matriz, cobrando preço simbólico pelas de apresentações. A banda ainda existe e preserva a tradição de tocar na residência da família Brandão semanalmente.


Igreja Nossa Senhora da Conceição: A Igreja Nossa Senhora da Conceição teve sua pedra fundamental lançada em 1914, mas só foi inaugurada em 5 de novembro de 1923 pelos redentoristas. Sua construção foi possível através das arrecadações feitas pela Corporação Musical Nossa Senhora da Conceição, criada inicialmente com essa finalidade. A Matriz foi erguida pelos operários, italianos em sua maioria, que se instalaram na Lagoinha para a construção da capital A fé sempre foi uma forte característica forte da Lagoinha. Mesmo que a influência da religião na vida das pessoas não seja tão forte quanto antigamente, a Matriz ainda tem papel marcante no cotidiano do bairro, além de realizar projetos sociais na Lagoinha. Entre as festividades celebradas pela Igreja estão a Semana Santa e o dia da padroeira de Belo Horizonte, em 8 de dezembro, quando a igreja recebe a visita de pessoas de toda a cidade.



O copo Lagoinha: Mineiro que é mineiro conhece e sabe o que é um copo lagoinha. Originalmente chamado Copo Americano trata-se de um modelo feito e patenteado pela empresa Nadir Figueiredo, muito utilizado em padarias, bares e botecos do Brasil. Em Belo Horizonte, o copo foi apelidado de “Lagoinha” porque a fábrica da Nadir Figueiredo ficava neste bairro. O utensílio doméstico que passou a ser referenciado por um bairro histórico da capital mineira, é utilizado para se tomar desde café até cachaça, sendo eleito nos anos 90, o melhor copo pra se tomar cerveja do Brasil. É muito utilizado como medida em receitas. É feito em vidro e tem 190 ml, e, por ser tão popular, hoje virou nome de linha da empresa Nadir Figueiredo, tendo diversos modelos, usos e tamanhos. Pode se dizer que é um ícone, que se mistura muito com a cultura e historia do Brasil.



Rua Itapecerica: A Rua Itapecerica é e sempre foi palco da vida na Lagoinha. Além de sua importância histórica e de apresentar várias edificações de grande qualidade estética, a rua também é bastante relevante por sua vitalidade. Apesar do grande fluxo de carros e da grande movimentação de pessoas, ainda podemos observar nela particularidades da vida simples da Lagoinha de antigamente: o conversar nas portas de casa e do comércio, o observar da rua. Caracteriza-se pelo comércio local variado e muitas lojas de móveis e antiquários. Nesta via se encontram também vários pontos referenciais para a Lagoinha, como o Grupo Escolar Silviano Brandão, a Casa da Loba e a Vila Nossa Senhora da Piedade, um conjunto que preserva as relações entre os moradores e a tranqüilidade da vida interiorana. Fonte: Lívia Fortini - 2008






Santa Tereza

Concorrentes:

1. Praça Duque de Caxias e o Coreto
2. “Alto dos Piolhos”
3. Clube da Esquina
4. Restaurante Bolão

Praça Duque de Caxias: presente no bairro desde o início de sua construção, é hoje palco de diversos eventos culturais no bairro Santa Tereza. Bem arborizada a praça apresenta-se como opção de lazer para toda a família. Ao seu redor encontram-se vários bares e restaurantes, sendo um ponto de encontro de boêmios da cidade de Belo Horizonte. Onde hoje se localiza a Praça Duque de Caxias, existiu a sede do Quartel do 5º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais. Já o Coreto da Praça Duque de Caxias é um dos principais marcos desta praça. Foto: Jerson - morador do bairro

“Alto dos piolhos”: O cruzamento entre as ruas Bocaiúvas, Quimberlita, Tenente Freitas e Bom Despacho é conhecido com o “alto dos piolhos”, e representa um ponto de grande movimento etílico-cultural no bairro de Santa Tereza. Muitas lendas foram criadas em torno desde nome, sendo uma das mais conhecidas aquela que conta que atribui esse nome a turma de cabeludos que freqüentava o local na década de 60, quando a cultura hippie chegou por lá. Outra versão diz que esta nomenclatura teria se consolidado pelo fato de que muitos moradores se reuniam naquele local para conversar, trocar idéias, e falar sobre os temas da atualidade, e a freqüência constante com a qual se reuniam fez com que se tornassem “piolhos” daquele local, com a topografia mais elevada no bairro, daí nascendo o ”Alto dos Piolhos”. Foto: Luciana - moradora do bairro

Clube da Esquina: movimento musical que teve inicio no bairro de Santa Tereza, ficando conhecido em todo país. Tudo começou em 1963, em Belo Horizonte, quando Milton Nascimento e os irmãos Borges se reuniram na esquina da Rua Divinópolis com a Rua Paraisópolis, nascendo ali o “Clube da Esquina”, irmandade unida no interesse por música, política e amizade. A inspiração das esquinas de Santa Tereza permaneceu e fez fama. Em seu livro "Os sonhos não envelhecem", Márcio Borges conta a história do movimento musical e das principais personagens ligadas a ele e lembra quanta gente - a gaúcha Elis Regina, o carioca Gonzaguinha, o norte-americano Wayne Shorter, o multinacional Naná Vasconcellos – que chegava a BH e ia direto para o bairro, atrás da esquina que inspirava tantas criações maravilhosas. Foto: Luciana - moradora do bairro

Restaurante do “Bolão”: funcionando desde 1961, o Bar do Rocha, conhecido como Bolão, foi uma idealização de José da Rocha Andrade e sua esposa D. Maria de Passos Rocha. O restaurante ganhou fama na capital mineira por sua peculiar decoração, com dezenas de discos de ouro e de platina de músicos belo-horizontinos, gentilmente cedidos à casa pelos artistas que foram acolhidos em início de carreira, além da coleção de relógios de parede. O que o diferencia dos demais estabelecimentos é estar sempre aberto. Somente entre seis da tarde de domingo e seis da manha de segunda, o local fica fechado; nos demais dias da semana, o estabelecimento funciona 24 horas. Espaço democrático e de descontração, o Bolão é freqüentado por todo tipo de público de estudantes, pedreiros, taxistas a professores, médicos, e advogados. A preferência da freguesia é ir ao local durante a madrugada, para saborear o carro-chefe da casa: o espaguete à bolonhesa. Foto: Luciana - moradora do bairro